O momento é
propicio para discussão de melhoria de qualidade do transporte público, pois se
fala em aumentos dos valores de transporte, rompimento de contratos com o “dito”
cartel do transporte em Porto Velho, além do péssimo serviço prestado. Quando pensamos
em ônibus, percebemos que a maior parte da reclamação é referente ao atraso,
lotação, o desconforto que os veículos apresentam e o sucateamento da frota;
raramente, há qualquer observação sobre o ponto de embarque e desembarque dos passageiros.
As paradas de
ônibus de Porto Velho não têm padrão de qualidade estabelecido de forma
permanente, pois cada Prefeito que assume muda a forma, sem qualquer previa
analise de questões estéticas, de engenharia ou forma arquitetônica, sem
qualquer visão da mobilidade urbana; não existe qualquer regra ou norma que
discipline a maneira de projetar e construir, com a finalidade de
disponibilizar para uso da população.Existem vários tipos espalhados
pela cidade; em concreto com assento conjugado; em estrutura de ferro com
assento em madeira; em estrutura de ferro e cobertura de fibra de vidro, sem
assento; outra em cobertura ondulada de telha de alumínio e estrutura de ferro,
além dos meros totens de sinalização de parada, sem qualquer informação.
Todos estes pontos não há
qualquer indicação e localização, com os destinos dos ônibus, além de
apresentar situação de insegurança por oferecer esconderijo para marginais em
sua parte de trás, entre a estrutura e o muro, apresentando um verdadeiro
sanitário a céu aberto; bem como uma péssima qualidade do equipamento público.
Para solucionar
tal questão, a proposta seria de oferecer um concurso público para elaboração de
especificações e projetos completos de modelos para construção de pontos de
paradas de ônibus, adotando como regra o projeto vencedor e, paralelamente,
apresentar um projeto de lei na câmara de vereadores para estabelecer normas
para sua aplicabilidade, a fim de evitar constantes mudanças; desta forma o
Prefeito que assumir deverá seguir o projeto padrão que foi aprovado.
Alguns cuidados
são necessários, tais como: assento; previsão do tamanho em função do
quantitativo de pessoas a embarcar; cobertura que efetivamente proteja as
pessoas; evitar que sua localização fique distante do muro ou parede, para
evitar pontos inseguros; placa indicativa de parada e quais os destinos, com os
respectivos indicativos dos ónibus que ali param; prever acessibilidade a
portador de necessidade especial; durabilidade; tipos diferentes em função da
localização; iluminação; segurança construtiva; entre outros.
Além de todos
estes cuidados, antes de efetuar a decisão final, recomendamos que seja feita
audiências publicas com a finalidade de dar conhecimento a sociedade civil
organizada e verificar se as condições atendem ao interesse.
Um
ponto de parada bem projetado e executado pode conter em sua instalação sistema
de rastreamento do veículo, onde poderá ser informada sua localização ponto a
ponto e o tempo para sua chegada ao local de espera, proporcionando ao usuário
acompanhar em tempo real onde está o seu transporte, bem como monitorar a qualidade
de serviço prestado; penso que nossa capital poderá ser pioneira em tal
procedimento, haja vista que já identificamos a existência de modelos
normatizados em outras prefeituras, mas não com tal qualidade que propomos.