terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

SOJA x FALTA DE ÁGUA




Viajando pelo Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás verificamos que acabou aquela mata primária ou mesmo, aquela mata que as árvores atingem, no mínimo, 20 m de altura; a única vegetação que temos são as plantações de soja a perder de vistas; sequer pequenas nascentes foram poupadas.

Assim é fácil de entender um dos motivos da falta de água no Estado de São Paulo, pois a soja chega à altura de, aproximadamente 60 cm, o que facilita uma maior evaporação da água do solo e, mesmo, do subsolo, desta forma atingindo o nível do lençol freático, responsável pela reposição das águas nos rios e deste, até os reservatórios que abastecem as diversas cidades do Estado de São Paulo.

Onde tem mata, o sol tem maior dificuldade de atingir o solo e assim, retirar ou evaporar a água do solo; tendo em vista que os Estados de São Paulo e Minas Gerais estão ficam sem matas ou florestas, a tendência é aumentar a falta de água, enquanto não se adotar medidas de reflorestamento e aumento das áreas de florestas.

Mas como ficaria o agronegócio? E quanto aos lucros do agronegócio? A resposta é investir em agregar valor à produção agrícola, onde podemos identificar nichos de negócio em nossa economia interna e mesma externa, como por exemplo; as mulheres que consumem grandes quantidades de leite de soja, que estão com preços abusivos; a produção de óleo de soja; a produção de carne de soja com o objetivo de abastecer as escolas, no uso na merenda escolar; enfim buscar alternativas de diminuir a área plantada, dando espaço ao reflorestamento.

As economias das "commodities" necessitam que sejam quebradas o paradigma da exportação do produto bruto, a preço de banana, e buscar agregar valor na transformação do produto bruto para o produto beneficiado, dessa forma, vendendo-o a preços compensadores, além de gerar empregos e renda.

Um exemplo é a Alemanha que não produz um grão de café, entretanto é o maior exportador de café na forma de cápsula de Nespresso, da Nestlé, onde compram por R$ 400,00 a saca de 60 quilos e revendem as capsulas por R$ 400,00 o quilo, ou seja, setenta vezes o quilo do café cru que compram do Brasil.

Devemos levar em consideração ainda, que os países que compram nossos produtos brutos não gastam um litro de água para produzi-los, pois toda a água necessária sai de nossos rios ou das captações construídas para abastecer nossas plantações, como por exemplo, as plantações de mangas e uva para exportação ao longo do rio São Francisco.

Esse sistema de exportar nossos produtos brutos, que se aplicam, também ao petróleo, aos minérios de ferro, de alumínio, além da biopirataria, causam enormes prejuízos a nossa economia, pois deixam de gerar valorizar a nossa economia interna em nosso país. Portanto o nosso maior desafio é tornarmos um empreendedor no beneficiamento de nossos produtos brutos, tornando-o mais rentável ao país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário