Verificando
os resultados dos golpes que culminaram com a derrubada de Presidentes, não há
dúvida que o álibi era para combater a corrupção, entretanto no primeiro
momento ela sumiu, não significa que ela havia acabado, pelo contrário, ela
aumentou e se consolidou em determinados setores.
Não
é neste sentido que quero fazer minhas observações, mas no aumento da violência
rotineira, do assalto, do assassinato, dos crimes comuns, pois a esta afeta
diariamente toda a população não abastada ou considerada de menor grau
econômico, ou seja, aqueles que moram em condomínios luxuosos cujo patrimônio
supera bilhões, a esta, violência não existe, pois eles têm o poder político e
econômico em suas mãos e, assim, não são afetados, mas os outros são atingidos
fortemente pelas diversas formas de violência.
E
é neste ponto que me preocupa este desenrolar da política, pois haverá feridas
abertas e que não serão cicatrizadas tão cedo e que a violência nas ruas será tom
dos protestos; pois aqueles que perderam as eleições nas urnas, poderão chegar
ao poder via golpe e os que serão destituídos do governo, de forma burocrática,
só terão uma alternativa; protestar nas ruas e a violência será algo
inevitável.
A
forma que se configura o golpe, não importando os meios utilizados para alcançá-lo,
demonstrando que os fins justificam os meios, independentemente de lícitos ou
ilícitos; logicamente, a parte destituída, também estará referendada a utilizar
outros meios para justificar a volta ao governo e aqui está o perigo; pois os
criminosos, propriamente ditos, terão a oportunidade de se infiltrar nesta
conturbada relação de conflito e avançar na implantação da violência junto a
sociedade.
Como
ocorreu na época da ditadura, onde misturou-se presos políticos com presos
comuns e que desta relação surgiu os crimes organizados, tais como o PCC, CV,
entre outros; bem como o malandro da década de 40, tornou-se o batedor de carteiras
dos anos 60 e 70.
Assim,
a sociedade buscará todos os tipos de armas para se proteger, inclusive armas
de fogo, causando um efeito dominó, onde estaremos caminhando para nos
assemelharmos a alguns países africanos e do oriente médio, em que se acabaram
e destruíram a vida urbana e social.
E
a lei antiterror que tramita no Congresso, a meu ver é mais um dos planos do submundo
do poder, para que o futuro ocupante do mesmo, venha a utilizar como
instrumento de repressão social nas manifestações legítimas, tendo como
subterfúgio que se trata de combate atos terroristas, como já o faz no governo
de São Paulo e Paraná, contra professores e alunos.
O
mais grave de tudo, é que tornará as cidades campos de batalha, destruindo toda
a já conturbada paz social, nos assemelhando às cidades destruídas pelos
conflitos de guerra urbana, como exemplo que foram as cidades da Bolívia e da
Colômbia, em anos passados; pois a falsa desculpe de derrubar um governo por
terem sido identificados casos de corrupção e sendo o poder tomado por
corruptos, demonstrará a sociedade e aos oportunistas da violência que tudo
pode e, neste viés virá, com certeza, os bandidos assassinos, traficantes e
todos aqueles que já destroem a estrutura das famílias.
Portanto,
espero estar errado, mas este é o indicativo de futuro, pois o passado, saiu do
famoso malandro carioca, passando pela lei de Gerson e agora evoluindo para os
fins justificam os meios para se chegar ao poder, ou seja, não é para combater
a corrupção, mas chegar ao poder, o crime é contra a sociedade e trará consequências
para a população de forma geral.