domingo, 20 de março de 2016

Causas da Violência Urbana e a Política


Verificando os resultados dos golpes que culminaram com a derrubada de Presidentes, não há dúvida que o álibi era para combater a corrupção, entretanto no primeiro momento ela sumiu, não significa que ela havia acabado, pelo contrário, ela aumentou e se consolidou em determinados setores.
Não é neste sentido que quero fazer minhas observações, mas no aumento da violência rotineira, do assalto, do assassinato, dos crimes comuns, pois a esta afeta diariamente toda a população não abastada ou considerada de menor grau econômico, ou seja, aqueles que moram em condomínios luxuosos cujo patrimônio supera bilhões, a esta, violência não existe, pois eles têm o poder político e econômico em suas mãos e, assim, não são afetados, mas os outros são atingidos fortemente pelas diversas formas de violência.
E é neste ponto que me preocupa este desenrolar da política, pois haverá feridas abertas e que não serão cicatrizadas tão cedo e que a violência nas ruas será tom dos protestos; pois aqueles que perderam as eleições nas urnas, poderão chegar ao poder via golpe e os que serão destituídos do governo, de forma burocrática, só terão uma alternativa; protestar nas ruas e a violência será algo inevitável.
A forma que se configura o golpe, não importando os meios utilizados para alcançá-lo, demonstrando que os fins justificam os meios, independentemente de lícitos ou ilícitos; logicamente, a parte destituída, também estará referendada a utilizar outros meios para justificar a volta ao governo e aqui está o perigo; pois os criminosos, propriamente ditos, terão a oportunidade de se infiltrar nesta conturbada relação de conflito e avançar na implantação da violência junto a sociedade.
Como ocorreu na época da ditadura, onde misturou-se presos políticos com presos comuns e que desta relação surgiu os crimes organizados, tais como o PCC, CV, entre outros; bem como o malandro da década de 40, tornou-se o batedor de carteiras dos anos 60 e 70.
Assim, a sociedade buscará todos os tipos de armas para se proteger, inclusive armas de fogo, causando um efeito dominó, onde estaremos caminhando para nos assemelharmos a alguns países africanos e do oriente médio, em que se acabaram e destruíram a vida urbana e social.
E a lei antiterror que tramita no Congresso, a meu ver é mais um dos planos do submundo do poder, para que o futuro ocupante do mesmo, venha a utilizar como instrumento de repressão social nas manifestações legítimas, tendo como subterfúgio que se trata de combate atos terroristas, como já o faz no governo de São Paulo e Paraná, contra professores e alunos.
O mais grave de tudo, é que tornará as cidades campos de batalha, destruindo toda a já conturbada paz social, nos assemelhando às cidades destruídas pelos conflitos de guerra urbana, como exemplo que foram as cidades da Bolívia e da Colômbia, em anos passados; pois a falsa desculpe de derrubar um governo por terem sido identificados casos de corrupção e sendo o poder tomado por corruptos, demonstrará a sociedade e aos oportunistas da violência que tudo pode e, neste viés virá, com certeza, os bandidos assassinos, traficantes e todos aqueles que já destroem a estrutura das famílias.
Portanto, espero estar errado, mas este é o indicativo de futuro, pois o passado, saiu do famoso malandro carioca, passando pela lei de Gerson e agora evoluindo para os fins justificam os meios para se chegar ao poder, ou seja, não é para combater a corrupção, mas chegar ao poder, o crime é contra a sociedade e trará consequências para a população de forma geral.

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